segunda-feira

Samba de Gafieira






O samba de gafieira firmou-se na década de 40 no Rio de Janeiro como dança de salão, mas continua evoluindo até hoje, absorvendo influências das mais diversas danças. Aos salões paulistanos, o samba de gafieira começou a ser introduzido na década de 90, principalmente, com a vinda do coreógrafo João Carlos Ramos e outros dançarinos cariocas. Vale acrescentar que existem diferenças de estilo entre as escolas.
Um fenômeno interessante é que apesar do samba de gafieira estar cada vez mais sendo dançado em São Paulo, o público é exclusivamente de pessoas ligadas à dança de salão, diferentemente das febres que agitaram a cidade, como o pagode e o forró, que ficaram populares entre outras tribos - adolescentes e freqüentadores de danceterias convencionais.
"Foi possivelmente na década de 80 que o samba de gafieira começou a perder a sua forma original de se dançar, pois nota-se a inclusão de diversos passos de tango a partir daí, como as sacadas batizadas de pernadas no samba", observa o coreógrafo João Carlos Ramos.
Sabe-se, ainda, que na década de 30 a presença de argentinos - que dançam tango - era marcante nos portos do Rio de Janeiro, agora o quanto isso foi influenciar na formação do samba de gafieira, não saberíamos explicar.
Conclui-se que a dança de salão é uma manifestação popular, portanto as alterações ou transformações vão ocorrendo naturalmente nos salões de baile, conforme a região e a época.
Um professor ou uma escola não podem ter a presunção de dizer que a dança ensinada em uma escola séria está errada e que a dele é melhor ou a mais correta. Simplesmente, os estilos são diferentes.
Pagode: Variação do samba que apresenta características do choro, tem estilo romântico e andamento fácil para dançar. Obteve grande sucesso comercial no início da década de 1990.