Todas as quartas-feiras um grupo muito animado se encontra para aprender ou até mesmo reaprender a dançar. É o grupo de 3ª idade do MAPS de Cambridge, que conduzido pelo professor de dança Glênio de Oliveira, redescobre a alegria de viver através da música.
Embalados pelos mais diferentes ritmos da música brasileira e internacional, eles fazem novas amizades, aliviam o estresse, a solidão e ainda cuidam da saúde.
O sucesso foi tanto que a turma já conta também com alunos de várias idades. Ele começou sozinho, dando aulas de graça. “Os velhinhos têm facilidade de aprender. Mas tem o problema que eles estão acostumados a ter um só tipo de ritmo para dançar.
E eu quero que eles tenham progresso, tem gente que nunca dançou e hoje está fazendo passos de bolero. No início eu fiquei indignado, porque eu bati em várias portas para tentar mostrar o meu trabalho e ninguém me dava atenção. Hoje já tem muita gente me procurando”, conta ele.
Glênio que pratica dança de salão há mais de dez anos diz que o trabalho com idosos é uma das experiências mais bonitas e gratificantes de sua carreira como dançarino e professor. “É um trabalho muito bonito e difícil.
As pessoas pensam que é fácil, mas a gente encontra várias barreiras para trazer pessoas idosas para a sala de aula no inverno, por causa do frio”, argumenta o professor.
Além disso, os idosos têm problemas de saúde, má circulação e labirintite, que impede que eles façam giros e movimentos fortes. “Justamente por causa da saúde que eles vêm aqui, porque um médico não vai recomendar para exercícios numa academia, ou então sentar numa bicicleta e ficar pedalando.
O indicado então são caminhadas e a dança que é uma maneira deles se divertirem com a música e ao mesmo tempo fazerem exercícios”, explica o professor.Tudo isso vem chamado à atenção de brasileiros, portugueses, hispânicos e americanos, aumentado o número de alunos nas aulas de Glênio.
“Você não precisa ser bonito para dançar nem ter o corpo perfeito. Para dançar a dança de salão você só precisa ter vontade”, encoraja o dançarino.
Segundo Glênio a dança de salão envolve criatividade, sentimento e respeito ao parceiro de dança. “Quando você dança com seu parceiro você está ali para ele. E ninguém pode copiar o sentimento que você tem naquela hora”, garante o professor.
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