quarta-feira

Dança para Terceira Idade




Autores:


MELINA M. HASHIZUMIMELISSA
MELISSA M. HASHIZUMI
DANIELA COELHO SALVADOR
KELLI CRISTINA
PRISCILA BERTONCELLO


INTRODUÇÃO1.1- Problema Segundo SHEPHARD (2003) o envelhecimento está associado a uma variedade de limitações físicas e psicológicas. Freqüentemente, isso torna difícil para os indivíduos desempenhar certas ações. Dependendo de sua motivação, circunstânciais ambientais e reações à incapacidade, aqueles que são assim afetados podem também ficar inválidos (incapazes de desempenhar as atividades desejadas). A conseqüência de tal invalidez é uma deterioração na qualidade de vida.s


1.2- Situação problema: Como a dança pode contribuir para uma melhor qualidade de vida na terceira idade?


1.3- Justificativa: Segundo REZENDE (2003) a dança como atividade física ajuda a garantir a independência funcional do individuo através da manutenção de sua força muscular, principalmente de sustentação, equilíbrio, potência aeróbica, movimentos corporais totais e mudanças do estilo de vida. Segundo PEREIRA (2003) é importante que o idoso experimente a existência de suas articulações, o limite de sua força, o prazer de transformar o seu corpo num instrumento para extravasar suas emoções, seus sentimentos.


1.4- Objetivos


1.4-1- Objetivo Geral: Procurar uma maior responsabilidade e troca de conhecimentos e experiências nas “atividades dançantes” realizadas com os idosos para enriquecer e ampliar possibilidades dentro da cultura corporal de movimento dando uma maior satisfação e prazer para os mesmos.


1.4.2- Objetivos Específicos- Enfrentar o envelhecimento de modo consciente- Livrar-se dos preconceitos- O idoso não deve desistir de viver e apropriar-se de si mesmo, deve assumir sua nova identidade como uma fase do ciclo vital- O idoso deve viver mais intensamente possível, dentro de suas possibilidades e limitações biológicas, longe de excessos.- Buscar saúde e prazer praticando atividade física.


1.5- Hipótese: Não basta apenas evidenciar a busca da expressão e da subjetividade, comumente explorada nas atividades relacionadas à terceira idade. Características estas de natural e fácil aquisição, tendo em vista a própria história de vida e o caráter emotivo/ sensitivo singular das pessoas de mais idade.É preciso unir a isto, propostas de trabalho com objetivos claramente definidos. Alguns comandos, normas e técnicas se fazem necessários para a aquisição de resultados e de um crescimento, andamento e aperfeiçoamento dos movimentos e atividades desenvolvidas.


2 - REVISÃO DE LITERATURA


2.1 Bases da Educação Física Gerontológica: Segundo BARBOSA (2000) a Educação Física é o termo técnico para caracterizar a motricidade humana em suas possibilidades pedagógicas (didática). A Educação Física envolve, em seu bojo, o conjunto de conteúdos compostos por ginástica, jogos, esportes, recreação e dança. Todas estas com raízes culturais fortíssimas ao longo da história da evolução, da motricidade humana no meio ambiente, favorecendo adaptação e sobrevivência.


Hoje, a atividade física está apoiada em vários fundamentos científicos. É preconizada como indicador de qualidade de vida em todas as faixas etárias de caracteres saudáveis e/ ou comprometidos. A motricidade como termo mais atual se divide em aprendizagem motora e reaprendizagem, associando fatores dos domínios cognitivo, afetivo e psicomotor.


Relata ainda a forte associação entre qualidades físicas (entre outras resistência, coordenação, velocidade, força, equilíbrio, flexibilidade, relaxamento, ritmo, agilidade etc) e habilidades motoras (movimentos mais precisos como receber, passar, quicar, arremessar, costurar, cortar, escrever etc).


A Gerontologia é descrita como ciência que estuda o envelhecimento. Gero vem do grego, significa velho, digno e logia estudo, conhecimento. O conceito de Educação Física Gerontológica assim como de outras faixas etárias (infantil e juvenil), é aquele aquele aplicável às pessoas que estão em processo de envelhecimento, ou adultos maduros, ou idosos.


2.2 Recomendações aos professores : De acordo com CORAZZA (2001) os professores tem como funções básicas:


Orientar: Conhecer seus alunos em toda a concepção “biopsicossocial”Saber falar com respeito


Saber ouvir
Respeitar a individualidade “psicofísica”
Sempre considerar as opiniões e as críticas
Saber elogiar naturalmente
Demonstrar confiança e segurança em sua metodologia
Usar de toda sua criatividade e ousadia
Sempre estimular a parte social, a sociabilização do aluno junto ao grupo
Saber integrar os grupos de forma estimulante, agradável e não competitiva
Lembrar sempre de que não esta preparando ou treinando “atletas”
Saber absorver e explorar o interesse do grupo
Adequar seu método e modalidade de trabalho ao de seus alunos
Elaborar aulas sempre, e sempre, voltadas à terceira idade.
Ter em mente que todas as explicações e informações que lhe tenha a passar, a ensinar, nem sempre serão absorvidas em um primeiro momento por todos ou por alguns poucos. Dessa forma, sempre serão passíveis de várias repetições para perfeito entendimento e assimilação do grupo, ou de alguns poucos. Nesses casos, demonstre enfado ou descontentamento, repita quantas vezes se fizerem necessárias e, sempre, como se fora a primeira vez.



2.2.1 Cuidados a serem tomados: Antes de iniciar qualquer atividade física com a terceira idade, será fundamental importância obter um atestado do medico pessoal de cada um de seus alunos. Nesse atestado deverá estar discriminando se há restrições a esse ou aquele exercício e quaisquer outros cuidados especiais que indiquem limitações. Esse atestado, idealmente, deverá ser renovado a cada três meses para que você esteja sempre seguro do potencial e das reais condições de cada aluno.


2.2.2 Motivação: Uma vez que os alunos estão diante de você, significa que as barreiras já foram transpostas e que esse grupo espera receber o que de melhor você tem para proporcionar-lhe. O compromisso de seus alunos, nesse momento, é esquecer solidão, desprezo familiar, dores da alma e físicas, limitações e preocupações de toda sorte. Quanto ao seu compromisso, seu comprometimento, será o de motivá-los.

Compromete a você a tarefa de realmente, nesse momento, fazê-los sentir prazer, alegria, leveza de alma e espírito, fazê-los levitar pelo seu interior em todo seu contexto, mostrar-lhes, através dos exercícios, dos jogos, das brincadeiras, a importância máxima de cada um dentro não apenas de um grupo, mas diante da sociedade num todo. A motivação que irá passar-lhes virá espontaneamente de você, através da sinergia e da empatia que os mesmos lhe passarão. Mas, e primordialmente, a motivação irá aflorar se souber conduzi-los, ouvi-los com um olho na “razão” e todo o resto do corpo no “coração”...
A palavra-chave, a máxima para esse grupo, é única mas infinita: amor. O importante será trabalhar com o conjunto, buscando tirar o melhor aproveitamento e a melhor integração do todo.


2.2.3 Incentivo: Quatro pontos se destacam para estimular e incentivar:1- A perspectiva de futuro (são os desafios)2- O afeto (é o reconhecimento)3- O poder (é o prestígio)4- A participação (é a realização). O professor deverá apresentar seu trabalho de maneira clara, dando-lhes a oportunidade de vencer os desafios, motivados pelos seus próprios desafios. Um bom trabalho realizado, demonstrando afeto e integração dos alunos, proporcionando feedbacks consecutivos, é um elemento poderoso para se entender às necessidades afetivas e sociais.



2.3 Diferença entre o idoso sedentário e o ativoTerceira idade “sedentária”
- Envelhecimento acelerado
- Estresse
- Depressão-
-Imobilidade motora
- Fadiga
- Fraqueza
- Autopiedade
- Ações e reações negativas
- Alterações sociais
- Um peso para a família.



Terceira idade “ativa”
- Bem-estar físico
- Domínio corporal
- Ampliação da mobilidade
- Cura contra depressão
- Respiração saudável
- Vitalidade
- Autoconfiança
- Ações e reações positivas
- Ansiedade e tensão reduzidas
- Evita ser um peso para a família
- é um vencedor.


CONCLUSÃO: Concluímos que trabalhar com a terceira idade é muito importante e deve ser sério e bem organizado. Não devemos exigir além das possibilidades dos alunos, por isso o envolvimento e reconhecimento de sua situação, potencialidades e individualidades. Um programa participativo e conjunto estreita e enriquece laços afetivos da relação professor-aluno. Não defende-se aqui, que os profissionais que trabalham a dança com os idosos obrigatoriamente sejam ou tenham sido “grandes bailarinos”, mas que dentro de sua bagagem cultural e motora, as atividades relacionadas com a dança tenham tido uma maior atenção. Conhecimentos práticos, horas-ensaio e horas-palco podem e devem ajudar na montagem e transferência de conhecimentos aplicados à terceira idade. Experiências anteriores na atividade escolhida é um fator positivo para o sucesso do trabalho, aliada à um constante aperfeiçoamento através de participações em cursos, aprofundando desta maneira seus conhecimentos teóricos. Deste modo, busca-se a qualificação dos profissionais para uma melhor qualidade do trabalho oferecido à terceira idade, pedindo o mesmo desempenho dispensando às demais gerações. A prática da dança se mostrará mais atrativa e ganhará novos adeptos, possibilitando experiências e vivências antes nunca oportunizadas, melhorando desta forma a qualidade de vida de nossos idosos, da dança e das atividades físicas.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BARBOSA, R.M. Educação Física Gerontológica. Rio de Janeiro: Sprint, 2000.

BAUR, R.E. Ginástica, jogos e esportes para idosos. Rio de janeiro, Ao livro técnico,1984.

BODACHNE, L. Princípios básicos de geriatria e gerontologia. Curitiba: editora Universitária Champagnta, 1998.

CORAZZA, M.A. Terceira Idade e Atividade Física. São Paulo: Phorte, 2001.

MATSUDO, M.M. Envelhecimento e Atividade física. Londrina: Midiograf, 2001.SARKIS, P.J. Caderno Adulto núcleo integrado de estudo e apoio a terceira idade. UFSM, 1998.

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