segunda-feira

Valsa



Sua característica alegre e envolvente logo levou o ritmo à preferência de muitos, com exceção das classes aristocráticas e camadas sociais mais altas, que a consideravam imoral e vulgar.
Em algumas partes da Inglaterra e em cortes alemãs, a dança foi proibida por algumas décadas.
Por ocasião do Congresso de Viena (1814/1815: reunião inter-nacional que restabeleceu o equilíbrio europeu após a derrota de Napoleão Bonaparte) a valsa foi vencendo as barreiras do preconceito e em pouco tempo se fez presente nos salões, palácios e cortes imperiais, animando suntuosas e freqüentes festas à luz de grandiosos candelabros.
Isso se deu principalmente em Viena: a dança passou então a ser considerada de grande elegância, vindo a substituir os minuetos e gavotas, antigas danças francesas.
Atualmente, a valsa mantém-se presente em ocasiões tradicionais: bailes de formatura e debutantes, festas de casamento, etc.
No Brasil a valsa teve importância fundamental na vida musical urbana, tanto como música de dança nos salões aristocráticos, seja como música cantada popularmente pelos seresteiros e que posteriormente foram denominadas "serestas".
A Valsa é uma dança de compasso ternário (ritmo) (3/4) com origem em danças camponesas tradicionais austríacas.
Durante meados do século XVIII, a “allemande”, muito popular em França, já antecipava, em alguns aspectos, a valsa. Carl Maria von Weber, com as suas "Douze Allemandes", e, mais especificamente com o "Convite à dança" (também conhecido por "Convite à valsa"), de 1820, pode ser considerado o pai do gênero.
Originalmente dançada como uma das figuras da contradança, com braços entrelaçados ao nível da cintura, tornou-se logo uma dança independente com contato mais próximo entre os parceiros. No fim do século XVIII a antiga dança campesina passou a ser aceita pela alta sociedade - especialmente pela sociedade vienense.
A palavra tem origem no alemão Walzen, que significa girar ou deslizar. É uma dança de compasso ternário (3/4) com acento no primeiro tempo e um padrão básico de passos-passo-espera, resultando em um deslizar vivamente pelo salão.
Note-se que o nome da música que acompanha a dança também é valsa. Os compositores mais famosos do estilo são, sem dúvida, os Strauss. O estilo foi depois reinterpretado por compositores como Chopin, Brahms e Ravel.
A valsa chega ao Brasil com a corte portuguesa em 1808, e seria a dança de salão de preferência da elite do Rio de Janeiro até a chegada da polca em 1845.
Ao longo da segunda metade do século XIX ela continuaria tendo grande aceitação e seria, nas palavras do pesquisador José Ramos Tinhorão, um dos "únicos espaços públicos de aproximação que a época oferecia a namorados e amantes”.
Entre os compositores brasileiros que se destacaram neste gênero temos: Villa Lobos, Carlos Gomes, Chiquinha Gonzaga, Ernesto Nazaré, Pixinguinha, Tom Jobim e Chico Buarque, entre outros. Apesar de já não ter a popularidade de antes, está presente com frequência em bailes de formatura e casamentos.
A dança foi surgindo nas regiões campestres da Áustria e Alemanha, a partir do minueto (dança em que os pares dançavam separados) e do Laendler (dança campesina mais antiga).